O comer intuitivo é um novo jeito de se relacionar com o que você come. Confira!
Quem aí nunca se rendeu a uma dieta depois de extrapolar na comida em alguma data comemorativa? Ou, até mesmo, colocou na lista de metas do ano que o foco principal era seguir firme e forte no regime? É muito comum termos esse tipo de ideia quando a nossa relação com a comida vai mal, e aí começamos a seguir algum tipo de dieta restritiva, deixando de comer isso ou aquilo para finalmente fazer as pazes com a balança.
No entanto, existe uma método que foge completamente dessa ideia de restrição alimentar para se tornar mais saudável. Você já ouviu falar no comer intuitivo? Pois é, essa abordagem, criada nos anos 1990, veio para mudar a nossa ideia de que privar-se de comer certos alimentos é a chave para ter uma dieta mais saudável. A ideia principal do comer intuitivo consiste em relacionar-se com a comida de maneira equilibrada, afim de perceber mais o nosso corpo e nossas necessidades.
Quem melhor para cuidar da nossa alimentação senão nós mesmos? Eis um ponto crucial do comer intuitivo. Nós precisamos voltar a nossa atenção para o nosso corpo com a finalidade de identificarmos quando estamos com fome e quando estamos saciados, respeitando o nosso limite e nossa vontade. Assim, a gente escapa de dietas restritivas, que segundo o método, são pouco eficazes.
Essa abordagem é formada por três pilares principais:
- Permissão incondicional para comer;
- Comer para atender as necessidades fisiológicas e não as emocionais;
- Seguir os sinais internos do corpo para fome e saciedade.
Quando falamos em permissão incondicional para comer, devemos lembrar que não se trata de comer tudo o que você encontrar pela frente. A ideia aqui é que você não precisa restringir a sua alimentação e/ou seguir regras rígidas a fim de ficar mais saudável.
Para fazer o comer intuitivo você deve ser capaz de perceber os sinais do seu próprio corpo, respeitando as sensações de fome e saciedade, evitando se deixar levar pelas demandas emocionais do seu corpo, como em situações de estresse, por exemplo. Todos nós nascemos com esse potencial de identificar os sinais que nosso corpo envia, basta que voltemos a identifica-los e respeita-los.
As criadoras do método do comer intuitivo, Evelyn Tribole e Elyse, explicitaram em seu livro Intuitive eating: A revolutionary Program That Works (Comer intuitivo: Um programa revolucionário que funciona, em tradução livre), que há 10 princípios que você deve levar em conta para ter uma boa relação com a comida.
Os dez princípios reforçam a ideia de rejeitar as dietas restritivas e buscar um equilíbrio entre seu corpo e a comida: coma quando tiver fome e pare de comer quando se sentir satisfeito; e esqueça os pensamentos de culpa ao comer algum alimento. Faça exercícios para sentir-se saudável e não para perder calorias. Respeite seu corpo como ele é, entenda o que ele demanda e mantenha uma relação positiva.
Alguns estudos sugerem que seguir o método de comer intuitivo traz alguns benefícios como melhora da autoestima, redução dos quadros de depressão e ansiedade, melhora na qualidade de vida, etc. Outro fator recorrente é a perda de peso, que vem como consequência do método, uma vez que você se torna mais consciente do que se come e tende a fazer escolhas mais saudáveis.
Se você gostou desse novo método e quer colocar em prática o comer intuitivo, lembre-se que antes de inciar qualquer nova adaptação alimentar é necessário procurar um profissional da área para ter melhores orientações.