Comemorado todo dia 24 de junho, o Dia Internacional do Leite ressalta a grande importância econômica e nutricional do leite mundo afora. No Brasil, esse alimento figura como um dos produtos mais importantes da economia nacional, localizado entre os seis produtos principais da agropecuária brasileira. Isso devido ao nosso rebanho, que é o segundo maior do mundo e produz anualmente cerca de 33,6 bilhões de litros, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Já em relação à saúde, o leite é um dos produtos mais consumidos pelos brasileiros, sendo uma forte fonte de nutrientes, como vitaminas, proteínas, carboidratos e cálcio. Quando se trata do leite, existem inúmeras opções que atendem diferentes necessidades, as quais possuem variados perfis nutricionais e sabores. Os mais comuns são o integral, desnatado e semidesnatado.
Para quem tem dúvida sobre a diferença entre os três e qual é a melhor opção, a nutricionista Adriana Stavro, especializada em saúde e bem-estar, explica um pouco mais abaixo. Confira!
Leite de vaca integral, desnatado ou semidesnatado: qual a diferença?
A principal diferença entre essas opções é o teor de gordura, e, portanto, a quantidade de calorias. O leite integral é o que contém mais gordura (mínimo de 3% de sua composição). O leite semidesnatado é mais leve em relação ao integral. No processo de fabricação, parte da gordura é retirada, mantendo os níveis entre 0,6 e 2,9%. Já o leite desnatado é o que tem menos gordura, porém não possui as vitaminas A e D.
Com exceção das vitaminas A e D do leite desnatado, todas as versões carregam as mesmas quantidades de proteínas (nutrientes necessários para o organismo produzir partes essenciais do corpo, como músculos, hormônios, tecidos, pele e cabelo), sódio (que regula a pressão arterial e ajuda no transporte de nutrientes), potássio (necessário para o funcionamento normal das células, nervos e músculos), cálcio (essencial para ossos saudáveis e prevenir a osteoporose), magnésio (que ajuda no controle do açúcar no sangue), fósforo (um dos principais componentes dos ossos e dentes), vitaminas e ácido fólico (que atuam na redução do risco de deficiências no cérebro e na coluna vertebral). É importante ressaltar que as quantidades de carboidratos nas três versões são as mesmas, em média 9,0g por 200ml.
Acerca das vitaminas encontradas nestes leites:
- Vitamina A (retinol) – atua principalmente no crescimento e fortalecimento ósseo, no aumento de imunidade e no combate ao envelhecimento precoce e radicais livres.
- Vitamina C (ácido ascórbico) – estimula e protege o sistema imunológico.
- Vitamina D (calciferol) – assim como o retinol, o calciferol também atua no crescimento e fortalecimento ósseo, controlando a absorção de cálcio e fósforo.
- Vitamina E (tocoferol) – é um antioxidante que fortalece o sistema imunológico e reduz o risco de doenças cardiovasculares, câncer e doenças na pele.
- Vitamina K – atua na coagulação do sangue, ou seja, a sua ausência dificulta a cicatrização de feridas.
- Vitamina B1 (tiamina) – protege o sistema nervoso e atua na musculatura e no coração, também auxilia no processamento de gorduras e carboidratos.
- Vitamina B2 (riboflavina) – é importante no processo de digestão de proteínas, carboidratos e gorduras.
- Vitamina B3 (niacina) – atua na circulação sanguínea e no controle de colesterol e diabetes.
- Vitamina B5 (ácido pantotênico) – ajuda na produção de energia e no bom funcionamento do organismo.
- Vitamina B6 (pirodoxina) – é importante no metabolismo dos carboidratos e aminoácidos não essenciais.
- Vitamina B7 (biotina) – atua na produção de energia e proteínas, é importante para manter a saúde da pele e dos cabelos.
- Vitamina B12 (cianocobalamina) – atua na produção de glóbulos vermelhos, sendo necessária para o funcionamento das células, para o trato gastrointestinal e para o sistema nervoso.
A escolha entre um dos três deve ser pensada de acordo com a dieta de cada pessoa, que pode e deve escolher a melhor opção para a sua saúde!
Colaboração: Adriana Stavro